Setor portuário bate recorde e movimenta mais de 1,2 bilhão de toneladas em 2021

Com 1,21 bilhão de toneladas transportadas, o setor portuário brasileiro fixou novo recorde de movimentação de carga em 2021. Houve crescimento na movimentação de cargas de granéis sólido e líquido e de carga geral. O destaque ficou com a transferência de contêineres, com incremento de 11% em relação ao ano anterior. No total, o crescimento foi 4,8% maior que a movimentação registrada em 2020. Os dados são do Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

A autarquia, vinculada ao Ministério da Infraestrutura, também divulgou a expectativa de movimentação portuária para os próximos anos. O crescimento para 2022 deve ser de 2,4%, alcançando a marca de 1,239 bilhão de toneladas, podendo superar 1,4 bilhão de toneladas em 2026.

Os números refere-se a quase todos os portos organizados e terminais de uso privado (TUPs) do país. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, atribuiu o desempenho aos investimentos do governo federal e da iniciativa privada:

“O setor portuário deixou de ser um gargalo, vem respondendo às demandas do setor produtivo brasileiro e alcançando resultados cada vez mais expressivos. Além do mercado, essa resposta vem por meio dos investimentos do governo federal e da iniciativa privada.”

Navegação de cabotagem

Outro destaque foi o crescimento da navegação por cabotagem, com 5,6%, em comparação a 2020. As principais cargas transportadas foram petróleo, derivados de petróleo e contêineres. O secretário nacional de portos e transportes aquaviários, Diogo Piloni, falou das vantagens dessa modalidade:

“O crescimento da cabotagem de contêineres é muito expressivo. O potencial de redução no custo logístico que essa alternativa traz é notável e conversa com os números positivos que o setor tem apresentado.”

Também houve incremento na navegação de longo curso, com 5,4%, enquanto a navegação interior registrou redução de 6,1%, motivada por questões climáticas que prejudicaram safras de alguns grãos, como o milho.

Os estudos da Antaq mostram ainda que a China continua sendo o principal destino da exportação brasileira, com 51% das cargas. Nas importações, os principais parceiros comerciais são os Estados Unidos (24%), China (11%), Rússia (7%) e Argentina (6%).

No que diz respeito a produtos transportados, petróleo e seus derivados somam 65% do volume, seguidos de contêineres (13%). Ambos registraram alta de mais de 15% no período.

Já na navegação interior, os principais produtos movimentados pelos rios brasileiros foram soja e milho. Em se tratando de regiões, o Norte foi responsável por 74% da movimentação de cargas, seguido pelo Sul com 19%, o Centro-Oeste com 6% e o Sudeste com 1%.

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