Temer consegue barrar denúncia na Câmara

Por 251 votos contra 233, a base aliada do presidente Michel Temer conseguiu na noite desta quarta-feira (25) barrar o prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, apresentada pela Procuradoria Geral da República. O processo fica suspenso até o final do mandato.

Temer foi denunciado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A denúncia também inclui os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral), acusados de organização criminosa.

Para barrar o andamento da acusação, o presidente precisava de somar 172 votos, entre “sim”, abstenções e ausências de deputados.

Dessa forma, a base aliada impediu que a oposição somasse os 342 votos necessários, entre os 513 deputados, para o prosseguimento da denúncia.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Temer e os ministros de organização criminosa e obstrução de Justiça com o intuito de arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. O Planalto nega todas as acusações.

O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F.

A sessão se arrastou por várias horas graças a uma estratégia da oposição de não registrar presença no plenário e retardar a votação ou, até mesmo, conseguir adiar a sessão.

O quórum só foi atingido por volta das 17h, quase oito horas depois do início da sessão.

Para garantir o resultado favorável, o governo atuou em várias frentes, como a liberação de emendas para a base aliada e a exoneração de ministros que detêm cargo de deputado para que pudessem votar também.

Antes da Votação, Temer dá susto

Diagnosticado com obstrução urológica, o presidente Michel Temer foi hospitalizado enquanto a base aliada ainda tentava quórum para votar a denúncia. Era interesse do Planalto que o assunto se encerrasse nesta quarta-feira (25). Após sete horas de internação, ele deixou o Hospital do Exército.
Ao encontrar os jornalistas, Temer disse: “Estou inteiro”.

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

 

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