Quem gosta de assistencialismo é o PT, diz João Dória

O prefeito de São Paulo, João Doria, celebrou 100 dias de gestão com a palestra de abertura do 30° Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresarias (IEE). Na ocasião, ele ressaltou que no começo da campanha as chances eram pequenas, com poucos índices de aprovação e ao contrariar todas as expectativas, não só foi eleito no primeiro turno, mas escolhido como o prefeito com maiores avaliações positivas da história política de São Paulo, segundo o Datafolha e o Instituto de Pesquisas do Paraná.

Doria acredita que venceu a eleição em São Paulo devido a sua postura em campanha, que priorizou a verdade e apresentação de propostas claras. “Não ataquei meus concorrentes, nem paguei jornalistas para falar mal de outros candidatos, busquei falar a verdade e apresentar boas propostas”. Empresário, publicitário e jornalista, o governante conta que entrou para a política quando viu seus filhos desgostosos com a situação no país e com a ideia de morar fora. “Eu não vou me calar diante desta minoria que destruiu o Brasil, amo minha pátria e vou fazer dela um lugar melhor”, salientou.

O prefeito afirma que colhe bons resultados devido a capacidade de enxergar o problema e encontrar soluções criativas e inovadoras junto de uma boa equipe. “Não existe negócio solitário, o bom empresário sabe disso, é preciso formar um grupo sem ideologias políticas, mas com ficha limpa e adequações aos cargos”, pondera. Durante a palestra, como um dos cases de sucesso dos 100 dias de governo, Doria citou como exemplo o Corujão da Saúde, que em 83 dias de gestão zerou a fila de espera para exames na saúde pública devido a convênios com diversos hospitais na cidade. “Não importa se meu antecessor deixou déficits, a partir de 1° de janeiro a responsabilidade é minha”, afirma.

Doria diz que é o prefeito de todos, “principalmente dos mais pobres e mais humildes” e, por isso, não hesita quando o assunto é privatização. “Vamos privatizar parques, terminais de ônibus, emissão de bilhetes e serviços funerários, pois o setor privado pode gerar mais empregos, melhores salários e mais recursos para melhorias na saúde, educação e segurança. Isso não significa que as pessoas vão ter que pagar para ir ao parque, não é nada disso, isso significa que estamos impulsionando a economia e lutando contra a miséria”, explica, acrescentando que quem gosta de assistencialismo é o PT. Doria afirma, ainda, que trabalha muito, 18 horas por dia e “é com o trabalho que se conquistam as coisas, não com contratos milionários feitos com multinacionais”.

O prefeito de São Paulo também afirmou ser contra a reeleição, pois a define como um mal para política e quando questionado sobre uma possível candidatura para a Presidência da República explica que seu objetivo é ser prefeito de São Paulo. “Não sou candidato a governador, nem a presidente, meu objetivo agora é ser o melhor prefeito para essa cidade e, para conseguir isso, não preciso ser candidato a mais nada”.

Para ele, este é um momento de inflexão no Brasil, “depois de três anos de recessão e do maior assalto ao dinheiro público da história”, e fez críticas ao PT e às gestões de Lula e Dilma.

“É um bom momento de mudança, de inflexão no Brasil, depois de todo o esse tempo, três anos da pior recessão economia da história, 13 milhões de desempregados, o maior assalto ao dinheiro público da história. A imagem do Brasil foi pro chão no mercado internacional. Muitos até têm vergonha de dizer: ‘Eu sou brasileiro’ quando viajam ao exterior. Nós temos que transformar isso. E essa mudança só se fará se todos estivermos juntos com os mesmos objetivos”, sustentou.

O prefeito então finalizou com convite à grande maioria a não se calar e sim gritar pelo Brasil, pois acredita que a salvação está nos brasileiros de bem, que lutam pelo desenvolvimento social e econômico do país. “Os empresários têm que ir a Brasília fazer o corpo a corpo para que as boas causas sejam defendidas. Senão, a minoria ruidosa se sobrepõe à maioria silenciosa”, discursou. “O país não pode ser uma república sindical, com todo o respeito aos sindicatos. Chega! É preciso mudar. Fica aqui a convocação. Mexam-se! Quem vai salvar o Brasil somos nós, os brasileiros de bem”, afirmou ele, que criticou ainda a possibilidede de Lula concorrer em 2018.

O Fórum da Liberdade acontece entre os dias 10 e 11 de abril, no Centro de Eventos das PUCRS.

Confira a programação completa

10 de abril – segunda-feira

15h – Palestra Inaugural:
– João Doria, prefeito de São Paulo

16h – Solenidade de abertura

17h30 – Perspectivas para o Brasil
– Eduardo Giannetti, PhD em economia pela Universidade de Cambridge
– Pedro Malan, presidente do Conselho Consultivo Internacional do Itaú Unibanco

19h – Lançamento dos projetos: Unconference e Ideias para o Brasil
Apresentador: Paulo Fuchs, Vice-Presidente do IEE

19h15 – Novos tempos
– Diogo Costa, diretor do Instituto de Inovação & Governança (Indigo)
– Fernando Holiday, vereador de São Paulo e coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL)
– Luciano Potter, Jornalista do Grupo RBS

11 de abril – terça-feira

9h30 – Empreender, criar e inovar:
– Felipe Camozzato, vereador de Porto Alegre eleito pelo Partido NOVO
– Marília Rocca, diretora-geral da Ticket Benefícios, grupo Edenred
– Tom Palmer, vice-presidente de Programas Internacionais da Atlas Network, diretor do Centro para Promoção de Direitos Humanos e diretor da Cato University

11h – Lançamento do Livro “Pensamentos liberais”

11h20 – As Origens da Prosperidade:
– James Robinson, Economista e cientista político
12h20 – Intervalo

14h – Lançamento do documentário “Poverty Inc”.

14h10 – Economia: Liberdade ou intervenção:
– Lawrence Reed, Presidente do Foundation for Economic Education (FEE)
– Fabio Ostemann, Mestre em Ciências Sociais e Presidente Estadual do PSL/RS
– Helio Beltrão, fundador-presidente do Instituto Mises Brasil

15h40 – Cultura da democracia:
– Eduardo Wolf, Secretário Adjunto da Cultura de Porto Alegre
– Luiz Felipe Pondé, filósofo, colunista do Jornal Folha de São Paulo
– Ricardo Gomes, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico

17h10 – Solenidade de entrega dos prêmios Liberdade de Imprensa e Libertas:
– Liberdade de imprensa: Spotniks, Felippe Hermes.
– Libertas: David Vélez, Fundador e CEO do Nubank

18h10 – Os limites da democracia
– Adriano Gianturco, Professor de Ciência Política do IBMEC-MG
– Jeffrey Tucker, Diretor de conteúdo da Foundation for Economic Education
– Marcelo Rech, Vice-presidente editorial do Grupo RBS

Foto:  Tiago Trindade/Divulgação

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