Confira íntegra do discurso da diretora Karim Miskulin, em homenagem aos 15 anos da Revista VOTO

“Notícia ruim pode até vender mais jornal. No entanto, é a notícia boa que fomenta o bom exemplo, que engaja, que ensina e que faz ter esperança”.

É com essas palavras que a diretora-executiva do Grupo VOTO, Karim Miskulin, ressaltou o papel da revista que completa 15 anos de trajetória pelo cenário político e econômico brasileiro, frente aos deputados federais e representantes do meio empresarial e setor público, que prestigiaram seu discurso lido na sessão solene dessa terça-feira (18), na Câmara. Leia na íntegra o discurso:

Sessão solene – Câmara dos Deputados

Brasília, 18 de junho de 2019

[Saudações de estilo]

A postura mais cômoda na vida é cruzar os braços diante de uma sociedade que precisa ser diariamente transformada.

É fácil quando nós, da imprensa, acusamos o sistema e fazemos avaliações superficiais com foco no potencial bombástico da manchete e na viralização da notícia.

Um fato mal apurado, publicado na ânsia pelo like, pode impactar na vida de milhões de pessoas. Sem análise do cenário ou verificação correta da informação, o veículo pode até sair na frente – mas, logo depois, acaba prestando um desserviço à sociedade.

Da mesma forma, notícia ruim pode até vender mais jornal. No entanto, é a notícia boa que fomenta o bom exemplo, que engaja, que ensina e que faz ter esperança.

Pensando assim, há 15 anos, a VOTO surgiu para mexer nessa zona de conforto. Sem deixar de acreditar no papel investigativo e crítico do jornalismo, apostamos num lado, aparentemente pouco atrativo à grande mídia: a promoção da pauta positiva e o justo reconhecimento de lideranças, empresas e instituições que fazem a diferença. Somam, constroem, dividem e se multiplicam.

Mostrar o Brasil que dá certo, senhor Jorge Gerdau, faz parte da nossa identidade, da nossa razão de existir.

Há de se ter coragem, porque nas versões preconceituosas de quem age diferente, muitas vezes fomos tachados de “chapa branca”.

O jornalismo, assim como a velha política, precisa deixar os conceitos obsoletos do passado. Deve assumir com determinação uma postura coerente com seu tempo e sua essência social.

A propósito: o mundo inteiro já evoluiu para um jornalismo posicionado, às claras, que se sustenta sobre princípios. O isentismo – aquela postura envergonhada, sem transparência – já foi superado há tempos.

O nosso leitor sabe exatamente o que nós defendemos para o bem do país:

  • Enquanto muitos põem fé exclusivamente no Estado, nós acreditamos na sociedade;
  • Enquanto muitos investem na destruição de reputações, nós nos esforçamos na construção de pontes;
  • Enquanto muitos têm medo de apoiar as reformas, nós fazemos campanha, ministros Onyx Lorenzoni e Osmar Terra, e esclarecemos os motivos para elas serem aprovadas;
  • Enquanto muitos só chamam a atenção para as relações promíscuas entre setor público e iniciativa privada, nós agregamos os bons líderes políticos e empresariais em uma agenda de desenvolvimento nacional;
  • Enquanto muitos acham que o Brasil não tem jeito e colocam o brasileiro para baixo, nós temos um otimismo insuperável nesta nação;
  • Enquanto muitos atuam para desestabilizar governos, nós somos movidos pela força da colaboração – é claro, apontando erros quando eles surgem;
  • Enquanto muitos são inconsequentes e cometem crimes para apurar informações, nós não abrimos mão da seriedade e da credibilidade que conquistamos até aqui.

Com esses propósitos, surgimos em 2004 no Rio Grande do Sul. E, desde então, com a confiança dos leitores e de todos os nossos parceiros, fomos nos consolidando. Hoje, graças a isso, estamos por todo o país, contando com o reforço dos canais digitais.

Em 2010, demos um passo importante, criando um ciclo de debates que percorre as principais capitais: o Brasil de Ideias. Quebramos o muro que havia sido construído e dividia o território público do privado. Precisamos do empenho dos melhores, de lá e de cá, para que o Brasil avance de vez!

Deputado Alceu Moreira, o senhor que também sempre combateu o bom combate, com posições firmes e claras, sabe o valor e o preço de ter posição. Por isso, é uma honra receber esta homenagem pelas suas mãos – mãos de coragem. Muito obrigado pelo reconhecimento!

Ao longo dessa caminhada, a VOTO sempre defendeu a democracia e suas instituições. Sempre teve um espírito crítico, mas cívico.

E esse compromisso se faz ainda mais necessário neste momento singular que o Brasil atravessa.

Parte expressiva dos veículos de comunicação está deixando de cumprir sua função para se tornar uma torcida. No vale tudo das fake news, a ideologia está se sobrepondo ao exercício do bom jornalismo, vital para a consolidação da democracia.

Ao agradecer a oportunidade, faço um apelo aos nossos congressistas: não desistam do Brasil.

Não há causa maior do que servir à nação para melhorar a vida de milhões de brasileiros. Os senhores e as senhoras não representam apenas grupos, classes ou bandeiras. É aqui, no coração político do País, no retrato mais fiel de nossa sociedade, que emerge a esperança de toda uma nação.

E para isso, contem sempre com a Revista VOTO.

Viva o Brasil, viva os brasileiros!
Muito obrigada a todos!

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