Coreias se comprometem a assinar acordo de paz

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-um, comprometeram–se nesta sexta-feira (27) a assinar um acordo de paz para acabar com a guerra entre as Coreias ainda neste ano. O pacto vai substituir o armistício de 1953. Essa guerra foi interrompida por cessar-fogo, mas nunca teve fim oficial.

Líderes também concordaram em trabalhar pela desnuclearização da península. A declaração conjunta ocorreu durante encontro histórico que acontece em Panmunjon, zona desmilitarizada entre os dois países.

Declaração conjunta de Kim Jong-un e Moon Jae-in: – “A Coreia do Sul e a Coreia do Norte confirmam o objetivo comum de conseguir obter, por meio de uma desnuclearização total, uma Península Coreana não-nuclear” – “Não haverá mais guerra na Península Coreana”

Os dois líderes solenemente declararam ante 80 milhões de coreanos e todo o mundo que não vai haver mais guerra na península da Coreia e que uma nova era de paz começou, diz a declaração.

No encontro, que durou 100 minutos, eles “falaram sobre a desnuclearização, estabelecimento da paz na península e sobre melhoria das relações” entre os dois países, que seguem em guerra, segundo informou o porta-voz da presidência sul-coreana, Yoon Young-chan.

“A Coreia do Sul e do Norte compartilham a visão de que as medidas iniciadas pela Coreia do Norte são muito significativas e cruciais para a desnuclearização da Península Coreana e concordaram em desempenhar suas respectivas funções e responsabilidades nesse sentido. A Coreia do Sul concordou em buscar ativamente o apoio e a cooperação da comunidade internacional para a desnuclearização da península coreana”, diz a declaração conjunta.

Os dois países também “decidiram continuar com o programa de reunião de famílias separadas por ocasião do Dia de Libertação Nacional em 15 de agosto deste ano”. A data coincide com a celebração da rendição do Japão ao final da Segunda Guerra Mundial, informa o comunicado conjunto.

Encontro histórico

A conversa entre os dois líderes teve início às 10h15 (22h15 de quinta, 26, em Brasília). Após se cumprimentarem, Moon aceitou o convite de Kim e pisou brevemente no lado Norte da fronteira, sorrindo. Em seguida, ambos cruzaram para o lado Sul.

O presidente sul-coreano disse a Kim que estava “feliz por conhecê-lo” e mais tarde afirmou que a presença de Kim fazia de Panmunjon um símbolo de paz, e não mais de divisão.

Eles foram então escoltados por uma guarnição de honra até a Casa da Paz, edifício que abriga a cúpula e que está localizado na margem sul da fronteira intercoreana. Foi neste local que o cessar-fogo de 1953 entre os dois países foi assinado.

Ali, Kim assinou um livro de visitas, onde deixou a seguinte mensagem: “Uma nova história começa agora – no ponto inicial da história e na era da paz”.

A agência norte-coreana KCNA afirmou que Kim pretende “discutir de coração aberto com Moon Jae-in todas as questões com objetivo de melhorar relações intercoreanas e alcançar paz, prosperidade e reunificação da península coreana”.

O líder norte-coreano disse ainda ao presidente sul-coreano que está disposto a visitá-lo em Seul “a qualquer momento que for convidado”, informou a presidência sul-coreana.

Kim é o primeiro líder norte-coreano a pisar em solo sul-coreano desde o final da Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou com um cessar-fogo em vez de um tratado de paz. Com informações G1

Foto via @ndtv

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