“MARCO DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS É UM AVANÇO PARA O BRASIL”, DEFENDE ALCEU MOREIRA

Será publicado, no Diário Oficial da União, o novo marco de classificação toxicológica de defensivos agrícolas. A medida, aprovada recentemente pela Anvisa, não interfere no comércio ou liberação de produtos, cujas regras seguem rigorosas. O objetivo principal do marco é facilitar a compreensão do agricultor na hora de ler o rótulo e a bula, para que a aplicação seja feita em dosagens corretas.

O marco atende uma orientação da ONU, que abrange 65 países em um processo de 1992. Isso mesmo, quase três décadas. Pela complexidade do assunto, a Europa concluiu esse processo há apenas dois anos. O Brasil é, atualmente, um dos países que mais produz alimentos no mundo, mas não está nem entre os 10 que mais consomem defensivos agrícolas em proporção às áreas cultivadas. “O marco é um avanço para o Brasil. É como um remédio: só funciona se for usado de acordo com o receituário”, explica o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso, deputado federal Alceu Moreira.

De acordo com Moreira, essa é uma pauta que exige esclarecimentos, pois há quem interprete que se está permitindo a ingestão de defensivos pelas pessoas, o que não é verdade. “Uma reflexão precisa ser feita: o Brasil exportou mais de US$ 100 bilhões em 2018, enviando produtos para União Européia, Estados Unidos e Ásia. Cumprimos exigências de quase 200 países. Estariam nossos compradores envenenando suas populações? Claro que não! Usar corretamente os defensivos é uma questão de saúde pública, por isso a importância do marco”, explica o deputado.

A aprovação pela Anvisa exigirá mudanças na disposição de informações, palavras e imagens de alerta nos rótulos. As empresas terão um ano para se adaptarem às novas regras.