O futuro do Rio Grande está em jogo, diz Sartori

Apesar das dificuldades que ainda persistem, o *Rio Grande do Sul começa a sair da crise.* A economia volta a apresentar indicadores positivos, o governo está fazendo o dever de casa, e a sociedade compreende a necessidade das mudanças. Não há semana sem que investidores confirmem negócios no Estado. Com a *agilização dos licenciamentos ambientais,* preservando a dinâmica da sustentabilidade, criamos um novo ambiente para o empreendedorismo. *Modernizamos a Junta Comercial,* ampliamos o atendimento da *Sala do Investidor,* criamos marcos para as *parcerias público-privadas*, *recuperamos financiamentos internacionais perdidos.* Mesmo com a grande cultura burocrática que ainda emperra a máquina pública brasileira, procuramos dar fluxo ao crescimento econômico local. *O caminho melhorou* muito para que o vigor produtivo gaúcho possa gerar mais desenvolvimento com emprego e renda.

Internamente, *reduzimos a projeção do déficit para menos de um terço* – de R$ 25 bilhões para R$ 8 bilhões até o fim de 2018. Diminuir gastos é um *trabalho silencioso,* pouco midiático, e *que gera muitos desgastes e enfrentamentos.* Mas sempre disse, desde a campanha eleitoral, que *faria o que precisava ser feito.* E estou procurando cumprir esse papel de diminuir o que é secundário para preservar o que é principal: *saúde, educação, segurança, infraestrutura e políticas sociais.* É preciso mudar a lógica do serviço público, excessivamente voltado para si mesmo. *Chegou a hora de construir um novo Estado,* voltado para as pessoas, especialmente para quem mais precisa. Agora, a Assembleia Legislativa votará o projeto de *adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF),* um acordo com o governo federal para solidificar o equilíbrio financeiro e retomar o crescimento. Se aprovado, o Estado terá um *alívio financeiro* ao ter o pagamento da dívida com a União suspenso por três anos (prorrogáveis por mais três). Até 2020, são *R$ 11,3 bilhões que ficarão no Rio Grande do Sul.* Quem for contra – digo muito claramente – estará escolhendo que esse valor saia daqui e vá para os cofres da União. Sem sofismas ideológicos ou políticos, essa é a questão central da decisão que será tomada nos próximos dias.

Reafirmo que essa *não é a solução para todos os nossos problemas,* mas o *melhor caminho* que temos à nossa frente – e que precisará ter continuidade com a mesma responsabilidade no trato dos recursos públicos. Perguntam-me: isso é um paliativo, mas o que está sendo feito estruturalmente? Ora, medidas como a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e a Previdência Complementar projetam, sem dúvida, no médio e longo prazo, uma *nova realidade para o Estado* – sustentável e equilibrado.

A soma dessas mudanças com o crescimento da economia nos permite traçar um *cenário otimista* para o Rio Grande do Sul. Claro, desde que a demagogia e o oportunismo eleitoral não sejam maiores do que a necessidade de união e de *solidariedade pelo bem do nosso Estado.*

Sabemos que há muito a ser feito e que esta não é uma caminhada solitária, mas de todos os gaúchos. *Agora, é a vez de a Assembleia Legislativa confirmar, mais uma vez, que está ao lado da mudança. Vamos, juntos, construir um novo futuro para o nosso Rio Grande do Sul.*

Por José Ivo Sartori/Governador do Rio Grande do Sul
Jornal do Comércio – dia 29 de janeiro

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