‘Reforma da Previdência é o maior desafio’, diz Paulo Guedes

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, assumiu o cargo de forma oficial nesta tarde em Brasília. A pasta vai incorporar atribuições dos ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior. No discurso, ele reforçou que a Reforma da Previdência é prioridade absoluta. Mas disse que, caso não seja emplacada, se ela não sair do papel, há planos alternativos. Um deles seria desvincular as receitas da União.

Em sua fala, Paulo Guedes ainda citou como prioridades as privatizações e a simplificação tributária. Segundo ele, o ideal é ter 20% do PIB como carga tributária. ‘Acima disso é o quinto dos infernos. Tiradentes morreu por isso’, afirmou. ‘Hoje estamos em 36% (de carga)’, acrescentou.

Guedes também criticou a expansão do gasto público há quatro décadas e a economia centralizada, que”corrompe a política e compromete economia”.

O novo ministro disse que o Brasil parou de crescer por causa do excesso de gastos públicos. Segundo Paulo Guedes, o déficit da Previdência hoje no Brasil é uma fábrica de desigualdades. “A reforma no sistema de aposentadoria social é essencial para o ajuste das contas públicas.”

“O Brasil tem uma democracia forte. Temos poderes independentes, imprensa livre e somos resilientes. O presidente tem compromisso com as instituições democráticas. A hora é de otimizar o crescimento, tornando o Estado eficiente e fraterno”, salientou o ministro.

Para Paulo Guedes, “a classe política tem que fazer as escolhas. Hoje, classe política observa. Ao assumir o Orçamento nacional, a classe política desvincula todas as receitas e despesas da União. Ela pode votar mais verbas para a saúde e a educação, mas cortar de onde? Diminuindo subsídios. Temos R$ 300 bilhões de desonerações fiscais, gastos tributários, isenções. Cortem [os R$ 300 bilhões], mas deem os recursos à saúde e à educação.”