Voto distrital e reforma política são urgentes

Pedro Malan, presidente do Conselho Consultivo Internacional do Itaú Unibanco, e Eduardo Giannetti, PhD em economia pela Universidade de Cambridge, apresentaram o painel Perspectivas para o Brasil, no primeiro dia do 30º Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE). No debate, defenderam a reforma política, redução do número de partidos existentes, inserção no mercado internacional e o voto distrital. E destacaram que é urgente a mudança do sistema de redistribuição de arrecadação atual.

Eduardo Giannetti acredita que, tendo a União controle total sobre a distribuição dos recursos, estados e municípios ficam prejudicados, recebendo menos do que deveriam. “O dinheiro deve ficar próximo do local onde é arrecadado. Atualmente tudo vai para Brasília para depois ser distribuído, não permitindo ao cidadão o controle desses gastos”, diz. Giannetti destaca que o papel do Estado é fundamental na criação de capital humano. Deve oferecer ensino fundamental e básico de qualidade, oferecendo mais chances de igualdade, mas as privatizações são necessárias em outros setores. Segundo o palestrante, a sociedade deve ter mais liberdade econômica e saber para onde vão os recursos arrecadados. “No modelo atual, o Estado está onde não devia (na cobrança pesada de impostos) e deixa de estar onde se faz necessário (oferecendo saneamento básico e educação)”, critica.

Pedro Malan enfatiza que o grande número de partidos políticos enfraquece a coesão do congresso. “No Brasil, ganhar a eleição não garante governabilidade. É preciso uma reforma política que fortaleça o Congresso”, declara. Malan destaca que, desde 1988, o país já passou por cinco grandes momentos de recessão, mas que a crise atual está sendo a mais longa e mais difícil da história. “A reforma da previdência é urgente neste momento do país para equilibrar as contas que não fecham no INSS”, reitera.

Malan e Giannetti alertaram para a necessidade de inserção do Brasil nos mercados internacionais. Ambos também destacam que as maiores economias mundiais solidificam relações com outros países.

Foto: Tiago Trindade

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