Filho de presidente do STJ teria recebido para influenciar decisões da Corte

A Operação Esquema S, realizada na manhã desta quarta-feira (9), apontou que o filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, Eduardo Martins, recebeu cerca de R$ 40 milhões de maneira ilegal. De acordo com a investigação, em troca do dinheiro, ele exercia influência em processos que tramitavam na Corte.

Segundo documentos obtidos pela investigação, Eduardo teria sido contratado por Orlando Diniz para influenciar ministros do STJ com o objetivo de obter decisões favoráveis à permanência dele de diversas entidades do Sistema S do Rio. A delação de Diniz, realizada após sua prisão em 2018, corrobora com a suspeita.

Advogados de Lula

Por meio de e-mails obtidos pela operação Lava Jato, a contratação de Martins para influenciar decisões foi feita através do advogado Cristiano Zanin, que trabalha na defesa do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.

No total, Eduardo Martins teria recebido cerca de R$ 40 milhões através de contratos com a Fecomércio.

A operação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, uma operação que investiga tráfico de influência no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União com desvios de dinheiro público através do Sistema S. Os advogados do ex-presidente Lula (PT), Cristiano Zanin e Roberto Teixeira são apontados como líderes do esquema. Eles foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã de hoje.

Os agentes da PF também realizam buscas em escritório de parentes de ministros do STJ e TCU em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O esquema

Segundo o Ministério Público, os envolvidos teriam desviado mais de R$ 150 milhões através do Sistema S. A informação foi dada durante uma delação premiada do ex-presidente da Fecomercio, SESC e SENAC Rio, Orlando Diniz, preso em 2018.

Secundo Diniz, as irregularidades começaram em 2011, durante sua gestão no SESC estadual. Investigado e correndo risco de perder o comando das santidades, Diniz procurou Zanin e Teixeira, buscando a “compra de uma solução política”.

A dupla de advogados, que defendia Lula, exigiram cada vez mais repasses do Sistema S, além de indicarem diversos outros escritórios. No total, Zanin e Teixeira teriam recebido R$ 67,8 milhões de dinheiro público. De acordo com o MPF, eles prometiam influenciar decisões do STJ em favor de Dizin, que estava sob risco de perder o comando das três entidades.

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