Direita ganha força nas eleições europeias: França, Espanha, Itália e Bélgica tem vitória

As eleições europeias deste domingo (9) revelaram uma onda crescente da direita política em diversos países. Nações como França, Espanha, Itália e Bélgica observaram um notável fortalecimento dos partidos de centro-direita e direita.

Na França, o Reagrupamento Nacional (RN) deu um salto considerável, alcançando o dobro do desempenho do Partido Socialista (PS) do presidente Emmanuel Macron. De acordo com os primeiros resultados divulgados pela agência EFE, o partido de Marine Le Pen e Jordan Bardella conquistou cerca de 32,4% dos votos, enquanto a sigla de Macron conseguiu apenas 15,2%. Em resposta aos resultados, Macron decidiu dissolver o parlamento e convocar novas eleições.

Na Bélgica, o Partido Popular Europeu (PPE) emergiu vitorioso sobre a Aliança dos Socialistas e Democratas (S&D), assegurando mais cadeiras no Parlamento Europeu. O PPE garantiu 181 assentos, enquanto o S&D ficou com 82.

Na Espanha, o Partido Popular (PP), de centro-direita, saiu vitorioso, obtendo 34,18% dos votos em comparação aos 30,19% do Partido Socialista (PSOE). O partido de extrema-direita Vox assegurou o terceiro lugar, com 9,62%.

Na Itália, o partido Irmãos de Itália (FDI), liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, superou o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda. Estes dados foram baseados nas pesquisas de boca de urna divulgadas pela imprensa local e reportadas pela agência EFE.

Outros países que viram a ascensão da direita incluem Grécia, Bulgária, Hungria, Finlândia, Croácia, Áustria e Alemanha.

Disputa acirrada em Portugal

Até o fechamento desta matéria, a apuração dos votos em Portugal indicava uma disputa acirrada entre o Partido Socialista (PS) e a coalizão de centro-direita Aliança Democrática (AD), liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro.

Com 97,07% dos votos contados, o PS detinha 32,28%, seguido de perto pela AD, com 31,64%. Em terceiro lugar, o partido de extrema-direita Chega alcançou 9,84% dos votos e garantiu um assento, enquanto a Iniciativa Liberal (IL) conquistou 8,69% e também uma cadeira.

Alemanha descarta antecipação

Nesta segunda-feira, o governo alemão rejeitou a ideia de convocar eleições antecipadas, ao contrário do presidente francês, Emmanuel Macron, que tomou essa decisão após ser derrotado pela extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu. Berlim também observou um aumento da influência de seus radicais no cenário europeu.

“A data regular das eleições está marcada para o próximo outono [segundo semestre de 2025]. E é isso que pretendemos seguir,” declarou Steffen Hebestreit, porta-voz do governo, em uma coletiva de imprensa.

Rússia se diz atenta

O Kremlin declarou nesta segunda-feira (10) que observa “com atenção” a ascensão dos partidos de extrema direita, frequentemente vistos como simpáticos à Rússia, na Europa e na França após as eleições europeias.

“A maioria [no Parlamento Europeu] será pró-Europa e pró-Ucrânia […] mas podemos notar a crescente popularidade dos partidos de direita,” afirmou Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa.

“Com o passar do tempo, parece que os partidos de direita estarão próximos [dos partidos pró-europeus] e estamos acompanhando esse desenvolvimento com cuidado,” adicionou.

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