Brasil de Ideias debate o poder feminino com seis senadoras

Fórum teve a presença de três ministros do governo federal e de quem faz o PIB nacional

 

Seis senadoras da República, de estados diferentes e personalidades plurais, no mesmo palco para refletir sobre a presença feminina em espaços de poder no país. Eis a temática da edição do Brasil de Ideias desta segunda-feira (13), em homenagem ao case de liderança das mulheres do PSD. Em São Paulo, o fórum reuniu cerca de 200 executivos empresariais e o primeiro escalão do governo Lula: Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e o Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.

Presidente do partido no Brasil e atual Secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab disse que a realização vem ao encontro da necessidade de potencializar novas líderes país afora. “A política precisa desta serenidade, deste equilíbrio e de um senso aflorado de espírito público. Mais do que nunca, precisamos deste carinho e acolhimento para construir um Brasil de todos, sem tempo para esperar”, afirmou.

A presidente do Grupo VOTO, Karim Miskulin, falou da igualdade de oportunidades, da vocação e do trabalho que forja líderes transformadores. De frente para o presidente da sigla, disse: “Kassab, eu fico emocionada. E preciso explicar o porquê: porque há quase 20 anos, quando decidi abrir a Revista VOTO, lá no Rio Grande do Sul, sendo a primeira publicação 100% aplicada à política do Brasil, ninguém entendia muito bem esse movimento. Como assim uma mulher aqui? Como assim ela pauta a política?

E não esmorecemos, não desviamos o olhar do futuro, não reduzimos a força e muito menos a esperança, e vencemos. Mas não vencemos pela cota. Não vencemos pelo discurso. Crescemos e vencemos pelo talento, pelo esforço redobrado, pelo trabalho que nos eleva e nos faz”, afirmou.

Mais mulheres, por quê?

A Presidente do Conselho Feminino da FIESP, Marta Lívia Suplicy, foi responsável por mediar o principal painel desta edição do Brasil de Ideias. No evento, falou da construção de novos nomes a favor do Brasil e da necessidade de a política aliar discurso e ação. “Tenho muita honra em participar de um evento junto com um partido que se mobiliza para forjar lideranças”, destacou.

Símbolo de força, luta pela inclusão e ativista social, a Senadora Mara Gabrilli, de São Paulo, foi uma das speakers presentes nesta edição do Brasil de Ideias; e foi enfática e aplaudida ao dizer que “sem mulher na política, não há democracia real”. Ainda destacou a necessidade de a política nacional tratar com prioridade a educação, área basilar para que o futuro seja menos desigual e com mais oportunidade.

Da Paraíba, a Senadora Daniella Ribeiro convidou a pensar quando disse: “a mulher pode sentar à mesa e no melhor lugar. Porque nós nos acostumamos a sentar apenas nos lugares que sobravam. Nós estamos aqui hoje para mudar isso. O que determina a posição é a competência, e não o gênero.” Aplaudida de pé, reforçou a necessidade de a política brasileira se voltar para os problemas reais do cidadão.

Problemas reais, respostas necessárias

A Senadora Margareth Busetti, do Mato Grosso, disse que o país precisa reconhecer mais suas mulheres, dando voz e visibilidade a elas. “Precisamos dar luz às brasileiras desconhecidas”, frisou. Zenaide Maia, Senadora do Rio Grande do Norte, pautou o desenvolvimento social como uma emergência. “Essas pessoas que estão com o Bolsa Família não é porque não querem trabalhar. É porque não conseguem achar uma oportunidade. Precisamos gerar emprego e renda”, afirmou. Provocando a reflexão, Zenaide ainda disse que nunca viu um país sair do atoleiro sem investimento estatal.

Mérito: o trabalho vale a pena

“Chegamos ao Senado Federal sem cotas. Chegamos aqui porque lutamos, e seguimos lutando muito. E uma de nossas lutas é o fim da violência contra a mulher, que cada vez mais precisa de mecanismos de denúncia, escuta ativa e proteção”, defendeu a Senadora do Maranhão, Eliziane Gama. “Eu não posso dizer que a mulher é prioridade nas políticas públicas se eu não incluo ela no orçamento”, provocou.

Do Piauí, a Senadora Jussara Lima disse que a participação da mulher como protagonista não pode ser refém do mês de março, uma mera comemoração; mas precisa, isto sim, circular de maneira mais incisiva para que se abram novas oportunidades, como forma de reflexão e mudança cultural.

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