Artigo: Negacionista, o novo “ista” para Bolsonaro

Por Eduardo Bolsonaro

Dificilmente há espaço para um debate honesto na política nacional. Principalmente após a eleição do “Lulinha paz e amor”, em 2002, a esquerda descobriu que pouco importam os números ou a realidade, o que ganha eleição é a emoção. Assim, o trabalho da esquerda visa rotular seus oponentes com estereótipos negativos, difíceis de desgrudar.

Depois de nos chamar de racistas, machistas, fascistas, nazistas, misóginos, homofóbicos, xenofóbicos, terraplanistas, “taxistas”, “eletricistas” e tudo quanto é “ista”, agora chegou a vez do “negacionistas”. Sim, o novo frame refere-se àqueles que negam a existência da pandemia.

Alguém, em sã consciência, diz não haver um novo vírus em circulação no mundo? Esses adjetivos acionam gatilhos psicológicos que terminam por inviabilizar o debate. Veja, quem discutiria a pandemia com uma pessoa que acredita inexistir o vírus? Acabou o debate antes mesmo de começar.

Vamos aos fatos. Em junho de 2020, o governo Bolsonaro já negociava para trazer ao Brasil a vacina de Oxford, e, na sequência, investiu quase R$ 2 bilhões para garantir seu desenvolvimento e compra. O presidente Bolsonaro sempre manteve o discurso de que toda e qualquer vacina poderia ser aplicada no Brasil, desde que aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de aplicação voluntária. Foi o que bastou para dizer que o presidente era negacionista, o antivacina. Sem se importar com ataques, assim foi feito com a Coronavac, que, menos de 24 horas após ser aprovada pela Anvisa, chegava a todo Brasil pelas asas da Força Aérea Brasileira (FAB), um tapa na cara de quem dizia que o Ministério da Saúde não tinha um plano nacional de vacinação.

E o presidente seguiu fiel aos seus princípios e fechou contratos para adquirir e distribuir as da Pfizer, Moderna, Jansen, Fiocruz, Butantan, Covax Facility e Precisa. Serão mais de 500 milhões de doses até o fim do ano, o suficiente para imunizar todos os brasileiros. Até o fim de março, o Brasil era o 5º no ranking mundial de vacinação (fonte: Opera Mundi) e, além disso, o país desenvolve pesquisa tecnológica para produção própria, sendo que três projetos estão mais avançados. A vacina da USP de Ribeirão Preto já pediu na Anvisa autorização para as fases 1 e 2 em humanos, em um total de 3 fases.

Mesmo após isso tudo, seria Bolsonaro o líder mundial antivacina? Claro que não. A expressão negacionista é apenas mais um instrumento de linguagem usado por aqueles que não têm argumentos. Foi o que ocorreu quando o jornalista Rodrigo Constantino encurralou o governador de São Paulo, João Dória, durante entrevista para a Jovem Pan. A única saída para o governador foi acusar, de maneira baixa e vil, que Constantino era… negacionista! Pura estratégia de debate, longe da realidade dos fatos.

Se há uma certeza é que, passada a pandemia, a guerra política persistirá, apenas mudará a temática. Negacionista não foi nem será o último “ista” criado pela esquerda em sua suja estratégia de guerra. Aproveito para profetizar aqui: os negacionistas de hoje serão os fascistas/nazistas durante as eleições de 2022. Quer apostar?

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