Direito de todo brasileiro

Segurança pública lidera a relação de prioridades dos brasileiros. Diariamente somos impactados por manchetes dando conta de chacinas, assaltos a banco, feminicídios, roubos de veículos, estupros e sequestros, entre outras ocorrências cotidianas. É um noticiário repetido e torturante. Gera pânico a partir de uma sensação de insegurança generalizada que impacta diretamente na rotina de todos nós.

Segurança é, também, tema que ocupa toda a minha vida profissional. Foram quase 27 anos servindo ao Exército, atuando no Brasil e no exterior. Cursos, treinamentos, trocas de experiências mundo afora, intercâmbios de práticas e permanente atualização em inteligência e estratégia forjaram a minha rotina por muitos anos.

Minha candidatura e posterior eleição como deputado estadual mais votado do último pleito no Rio Grande do Sul resultaram de apelos de inúmeros colegas e pessoas que conhecem a minha trajetória. No parlamento gaúcho, pretendo transformar o mandato em instrumento para implementar iniciativas de enfrentamento ao crime, a partir de projetos que tratem da prevenção e das multifacetadas nuances da violência.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2017 ocorreram no Brasil 63.880 mortes violentas, o que perfaz 175 mortes por dia ou 7,2 por hora. Isso representa um aumento de 2,9% sobre o ano anterior. Os números são impactantes, constituindo uma realidade de violência que inexiste em muitos países em guerra declarada.

Outra informação revela que a maioria esmagadora dessas mortes é decorrente de homicídios dolosos, crime responsável por 55.900 mortes violentas. Isso significa um aumento de 2,1% em relação às estatísticas de 2016. O fórum informa ainda que houve 2.460 casos de latrocínios e 955 mortes ocorridas após episódios de lesões corporais.

Outro dado estarrecedor revela que a taxa de mortes do Brasil é de 30,8 por 100 mil habitantes, chegando a 69 por 100 mil no Rio Grande do Norte. Para se ter uma ideia das proporções assustadoras, basta comparar com a Europa, onde esse índice é de 1,3 para cada 100 mil habitantes. As estatísticas têm inúmeras variantes e diversos, todos altamente desfavoráveis ao nosso país, mergulhado numa espiral de violência sem precedentes.

Segurança pública é agenda complexa que exige ações intersetoriais e integradas. Polícias, governos, parlamentos, Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, academia, igrejas, empresários e sociedade civil precisam trabalhar com sintonia e planejamento, a partir de estratégias que desenvolvam todo o potencial de cada um desses agentes envolvidos.

A consagração através do voto do projeto que coloca a segurança pública no topo das prioridades do Brasil comprova o anseio do cidadão por uma política firme, séria e comprometida com soluções. Nas urnas, os brasileiros disseram um rotundo “não” à ideologização que permeou por muitos anos o combate à violência, pródiga em criminalizar a vítima e idolatrar o marginal. Inúmeras comunidades ordeiras e habitada por trabalhadores ficaram reféns das facções e milícias que afrontam a lei.

O contribuinte, premido por uma carga tributária injusta, vê revoltado seu dinheiro sustentar uma máquina pública pesada, obsoleta e ineficiente, carente de atualização tecnológica e investimento em inteligência. O resultado é o medo generalizado, o pânico que martiriza os pais até a chegada dos filhos em casa, além do estresse do cotidiano em que a violência espreita em cada sinaleira ou esquina.

Agora, como deputado estadual, estou determinado a trabalhar de maneira coletiva e convergente. Ao longo da minha experiência de combate ao crime, desenvolvi a consciência de que o combate às drogas, às facções, ao crime organizado e ao tráfico de drogas não tolera desídia ou ações individuais ou isoladas. Pais, professores, líderes comunitários e dirigentes de clubes de serviço precisam promover esforços integrados com autoridades e estruturas oficiais. Segurança é o anseio maior dos brasileiros. É um direito inalienável e sagrado, obrigação de todos nós, investidos de mandato e de poder para transformar o Brasil.

Por Luciano Zucco, Deputado estadual (PSL/RS)

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