Rompimento de barragem devasta parte da cidade de Brumadinho

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse que o rompimento da barragem na Mina Feijão, em Brumadinho (MG), terá um impacto mais humana do que ambiental. Segundo ele, a maior parte das vítimas são funcionários da empresa. “Dessa vez é uma tragédia humana. Estamos falando de uma quantidade provavelmente grande de vítimas. Não sabemos quantas, mas sabemos que será um número grande”, disse.

Até o momento, o Corpo de Bombeiros confirma 60 mortos e mais de 300 pessoas desaparecidas. O governo de Minas Gerais informou que nove pessoas foram retiradas da lama com vida e mais 100 que estavam ilhadas também foram resgatadas.

A Defesa Civil orientou moradores dos bairros Canto do Rio, Pires, Amianto, São Torrado, Alberto Flores e Parque da Cachoeira a deixarem suas casas. A tendência é que os resíduos do rompimento sigam para o rio Paraopeba.

Uma equipe da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, está em Brumadinho, para avaliar a situação após o rompimento de uma barragem no município, segundo a Agência Brasil.

Fazem parte da equipe o secretário, Alexandre Lucas; o diretor do Centro Nacional de Monitoramento, Armin Braun, e técnicos da Defesa Civil. O ministério informou que está em contato com a Defesa Civil da prefeitura. A equipe do Ministério de Desenvolvimento Regional também chegou a Brumadinho na noite de ontem.

Medidas Emergenciais

O presidente Jair Bolsonaro anunciou medidas emergenciais para tentar buscar soluções para “minorar” a tragédia, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, a prioridade do governo federal é em atender a população afetada. “Equipes do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres estão em permanente contato com representantes da prefeitura e do governo do estado para orientar nas primeiras ações de resgate às possíveis vítimas e demais necessidades emergenciais”, disse.

De acordo com Barros, o Exército disponibilizou três helicópteros e homens das três Forças Armadas para operar nas ações de busca e resgate. O governo trabalha com a estimativa de amortecimento do avanço dos rejeitos na Barragem da Usina Hidrelétrica do Retiro Baixo, a 220 quilômetros do local do rompimento. Com informações da Agência Brasil

Decreto Presidencial

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vai coordenar o Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre.

O decreto que cria o grupo de monitoramento da situação de Brumadinho, em Minas Gerais, foi publicado em uma edição extra do Diário oficial na sexta-feira à noite.

Além da Casa Civil, os ministérios da Defesa, Cidadania, Saúde, Minas e Energia, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional, e da Mulher e Direitos Humanos compoem o conselho, juntamente com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e a Advocacia-Geral da União.

Também foi criado um Comitê de Gestão e Avaliação de Respostas, para acompanhar as ações de socorro, de assistência, de restabelecimento de serviços essenciais afetados, de recuperação de ecossistemas e de reconstrução.

Solidariedade

A partir deste sábado (26), o Disque 100 passa a atender com prioridade demandas relativas ao rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale, em Brumadinho (MG). De acordo com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, a proposta é que o serviço funcione como um canal especial para que pessoas atingidas pela tragédia possam denunciar qualquer violação de direitos ou solicitar ajuda na busca por desaparecidos.

A ligação é gratuita e as solicitações, segundo a pasta, serão encaminhadas aos órgãos competentes para que tomem providências imediatas, sobretudo em situações de socorro. Em parceria com os governos estadual e municipal, uma rede de voluntários acionada pelo ministério deve ajudar na localização e no acolhimento às vítimas e seus familiares.

O Carrefour Brasil também se uniu à corrente de solidariedade às vítimas da tragédia e está fazendo doações de alimentos e mantêm suas lojas de Minas Gerais abertas para receber doações.

 

 

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